sexta-feira, 3 de maio de 2013

Crítica: Somos Tão Jovens


Uma viagem aos primórdios do Rock Brasileiro, do Rock de Brasília, das bandas do “DF”, mas toda ela centrada em seu principal e mais talentoso personagem: Renato Russo.
Todo ambientado entre o final dos anos 70 e o início dos anos 80 “Somos Tão Jovens” narra não só parte da história de Renato como também parte da rica história das primeiras bandas de Rock de Brasília.
A direção ficou a cargo de Antônio Carlos da Fontoura que acertou no tom do filme, leve e eficaz, e com pitadas de drama (sem exagero) em momentos específicos.
Quem dá vida a Renato Russo é o bom ator Thiago Mendonça, que em “2 Filhos de Francisco” interpretou o cantor Luciano. Thiago novamente faz um belo trabalho compondo o personagem com desenvoltura e naturalidade, da forma de dançar no palco até o jeito de falar e cantar, tá tudo lá, é o Renato Russo.
Contado também com bons atores coadjuvantes como a atriz Laila Zaid que interpreta a personagem Ana Claudia (principal “amiga” de Renato) e de Marcos Breda que faz o personagem do pai de Renato, como também os jovens atores que interpretaram outros grandes nomes do Rock Nacional.
A história conta o início de Renato Russo na música, de seus gostos literários e musicais, da descoberta do Punk-Rock inglês e o surgimento de sua primeira banda, o “Aborto Elétrico” e o caminho que ele teve que seguir até chegar a “Legião Urbana”, tudo isso recheado com festas em palácios de embaixadores, shows em garagens e em pequenos bares e brigas que movimentavam o “mercado” das bandas. O filme trás também, de forma delicada, mas não superficial, as dúvidas e incertezas sobre sua orientação sexual e o relacionamento com a sua melhor “amiga” Ana Claudia.
Pecando somente em alguns diálogos que num primeiro momento soam mecânicos e arranjados para dar uma espécie de “explicação” para o surgimento de letras da Legião Urbana e do Aborto Elétrico.
O filme é feito especialmente para os fãs de Renato Russo, das bandas de Brasília, do Rock Nacional, mas é praticamente impossível não se emocionar com a penúltima cena do filme, sendo fã da banda ou não.

Uma história que precisava ser contada nos cinemas, e que foi contada da melhor forma possível.

Vida longa á Legião Urbana, vida longa á Renato Russo, vida longa ao Rock Nacional.
 

Nota 9.5
 
Marcio Alexander Luciano

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