sábado, 20 de dezembro de 2014

Os 10 Melhores Filmes de 2014

10 - INTERESTELAR 

Diretor: Christopher Nolan
Gênero: Ficção
Elenco: Matthew McConaughey, Anne Hathaway, Matt Damon, Jessica Chastain, Bill Irwin, Ellen Burstyn e Michael Caine.



9 - NO LIMITE DO AMANHÃ

Diretor: Doug Liman
Gênero: Ficção/Guerra/Ação
Elenco: Tom Cruise, Emily Blunt, Bill Paxton, Brendan Gleeson.




8 - X-MEN: DIAS DE UM FUTURO ESQUECIDO

Diretor: Bryan Singer
Gênero: Ficção, Ação
Elenco: Hugh Jackman, Jennifer Lawrence, Michael Fassbender, James McAvoy, Ian McKellen, Patrick Stewart, Ellen Page, Peter Dinklage, Nicholas Hoult, Halle Barry, Shawn Ashmore, Daniel Cudmore.




7 - PLANETA DOS MACACOS: O CONFRONTO

Diretor: Matt Reeves
Gênero: Ficção, Ação, Drama
Elenco: Andy Serkis, Jason Clarke, Keri Russel, Gary Oldman





6 - CAPITÃO AMÉRICA: O SOLDADO INVERNAL

Diretores: Anthony Russo e Joe Russo
Gênero: Ficção, Ação
Elenco: Chris Evans, Scarlett Johansson, Sebastian Stan, Anthony Mackie, Samuel L. Jackson, Robert Redford, Cobie Smulders, Georges St. Pierre.




5 - CORAÇÕES DE FERRO (FURY)

Diretor: David Ayer
Gênero: Guerra, Drama
Elenco: Brad Pitt, Logan Lerman, Shia Labeouf, Michael Peña, Jon Bernthal, Jason Isaacs, Xavier Samuel.




4 - O GRANDE HOTEL BUDAPESTE 

Diretor: Wes Anderson
Gênero: Comédia, Drama
Elenco: Ralph Fiennes, Jude Law, Tilda Swinton, Saoirse Ronan, Adrien Brody, Bill Murray, Willem Dafoe, Jeff Goldblum, Edward Norton, F. Murrey Abraham, Owen Wilson, Anthony Quinonez, Harvey Keitel, Tom Wilkinson, Léa Seydoux.





3 - GUARDIÕES DA GALÁXIA

Diretor: James Gunn
Gênero: Ficção, Comédia
Elenco: Chris Pratt, Zoe Saldana, Dave Bautista, Lee Pace, Michael Rooker, Karen Gillan, Djimon Hounson, John C. Reilly, Glenn Close, Benicio Del Toro. E as vozes de Bradley Cooper e Vin Diesel. 




2 - GAROTA EXEMPLAR

Diretor: David Fincher
Gênero: Drama, Suspense, Policial
Elenco: Ben Affleck, Rosamund Pike, Neil Patrick Harris, Tyler Perry, Carrie Coon, Kim Dickens. 




1 - BOYWOOD - DA INFÂNCIA À JUVENTUDE

Diretor: Richard Linklater
Gênero: Drama
Elenco: Ellar Coltrane, Patrica Arquette, Ethan Hawke, Lorelei Linklater






sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Crítica: Boyhood – Da Infância à Juventude

Em determinado momento do filme, Mason pergunta para seu pai Mason Sr:

“- Então, de que adianta?
- O quê?
- Não sei...tudo.
- Tudo ?! (responde seu pai, Mason Sr)....não faço ideia....ninguém sabe.......estamos só vivendo, sabe? “



Esse belo e magnífico filme escrito e dirigido por Richard Linklater (trilogia “Antes do Amanhecer “ e “Escola de Rock”) já está consolidado como um dos melhores filmes da década.
Original desde sua concepção, “Boyhood – Da Infância à Juventude” conta a história de Mason dos 6 aos 18 anos, sua trajetória da escola até a faculdade, porém, com os mesmos atores. O filme começou a ser rodado em 2002 e teve suas últimas cenas gravadas somente em 2013.
O filme foi gravado da seguinte forma, Linklater reunia o elenco, uma vez por ano, por uma semana, e gravava parte da história. Os atores foram envelhecendo como e com seus personagens, e acompanhar essas mudanças, físicas, comportamentais e psicológicas de Mason (Ellar Coltrane), sua irmã mais velha Samantha (Lorelei Linklater), sua mãe Olivia (Patricia Arquette) e de seu pai Mason Sr (Ethan Halke) em 2hs e 45 min de filme é bastante prazeroso e emocionante.
Um roteiro que certamente foi se moldando com o passar dos anos, mas que em momento algum fugiu do que foi proposto desde o início que era contar a história de uma criança, passando pela adolescência até se tornar adulto. Linklater acerta nos diálogos e na dinâmica dos acontecimentos relatados. O roteiro, bem elaborado e perfeito para a história que o diretor quer contar, não necessita de viradas mirabolantes e grandes segredos, e sim, sua simplicidade e fluidez são à base do filme.
Patricia Arquette está fabulosa em cena e sua mudança física (dos 32 para os 44 anos) é realçada por uma bela performance, que possivelmente renderá uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante. É interessante notar também as mudanças no corte de cabelo e nas roupas de sua personagem, que deixa claro ao expectador a evolução de Olívia como mãe e profissional (de estudante á professora Universitária).
Ethan Halke consolida-se como um dos melhores atores de sua geração e possivelmente será indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por seu personagem em “Boyhood”. Da mesma forma que Olivia, acompanhar as mudanças e a evolução de Mason Sr é bastante interessante. Ethan consegue dar ao personagem uma faceta de “eterno adolescente”, um pai que demora a se tornar adulto e responsável, o que pode ser notado por suas roupas (quase juvenis) sempre num tom escuro e pelo carro que possui, que se repete com os primeiros anos, contrastando com a evolução dos outros personagens.
Mas é a personalidade de Mason e a sua evolução dos 6 aos 18 anos que realmente é o fio condutor do filme. Ellar Coltrane foi peça fundamental de um projeto sem precedentes na história de Hollywood e somente por isso o jovem ator já ficará marcado. Com todas as mudanças físicas do ator (principalmente em relação a sua voz), é impressionante ver que a personalidade de Mason, bondoso, inteligente, sensível, é a mesma dos 6 aos 18 anos, o que pode ser comprovado pelo mesmo tom de voz e pela postura (ombros quase sempre curvados) mostrando vulnerabilidade e timidez.

A direção de Linklater é primorosa. Todas as passagens de tempo, 10 no total, são feitas de forma orgânica. O expectador consegue identificar os “saltos no tempo” sem necessitar de uma legenda dizendo: “1 ano depois...”. Chamo a atenção para as cenas que precedem os “saltos no tempo de 1 ano”, elas variavelmente trazem alguma informação que será importante para o ano seguinte, mas nada expositivo, são referências como um diálogo que Mason está ouvindo ou uma troca de olhares entre determinados personagens, pequenos detalhes.
Linklater mostra parte da perfeição de sua direção numa cena em que Mason e sua namorada, Sheena, estão conversando sentados á mesa de uma lanchonete. O assunto em questão é a fragilidade das relações e o quanto as redes sociais (Facebook) estão prejudicando amizades, namoros, etc. Mason e Sheena começam o assunto dentro do carro, algumas cenas antes, com Sheena defendendo o “Facebook” e Mason afirmando que as pessoas estão cada vez mais distantes umas das outras, então ele começa a fazer monólogo, curto, mas um monólogo. Sheena não o interrompe em momento algum e quando ele termina a câmera muda de posição (na diagonal das costas de Sheena, pegando a mesa e Mason de frente), então a última coisa que Sheena faz é olhar seu Smartphone. A cena em que Sheena “olha o Smartphone” é muito rápida, porém, isso já basta para o que virá depois.

Mas o filme é sobre o quê?

Cada pessoa que assistir terá seu ponto de vista, o meu é: vida.
O diálogo do início do texto é de uma conversa entre pai e filho, onde o jovem questiona “o que adianta isso tudo?” (relacionamentos, amores, estudos, trabalho, etc) e o pai responde que “não sabe”. “Boyhood” não tem a pretensão de responder “qual o sentido da vida”, não é isso, mas sim mostrar que a vida tem, e terá momentos difíceis, chatos, emocionantes, belos, entediantes, etc, e que o melhor que podemos fazer é administrar nosso tempo e aproveita-lo para as coisas que realmente importam.  


Digo sem medo que “Boyhood – Da Infância à Juventude” é o melhor filme de 2014 e um dos melhores filmes que vi em toda minha vida. 

sábado, 6 de dezembro de 2014

O Gol Fantasma






O ano era 1960 e o futebol Paranaense começava a se consolidar pelo interior do estado.
As Rádios, principal fonte de informação e entretenimento na época, estavam cada vez mais populares e importantes para suas regiões e cidades. E a junção do "monopólio da informação" e uma grande Final de Campeonato de Futebol resultaram em uma história, digamos que....absurdamente engraçada e inacreditável.

Em 1957 o Campeonato Paranaense de Futebol começou a ser disputado da seguinte forma: 24 times eram divididos em 2 grupos de 12 times, a Zona Sul com times de Curitiba, Litoral e da Região de Ponta Grossa e a Zona Norte com os times das cidades da Região Norte e Oeste do Estado. Esses times disputavam esses “Campeonatos Regionais” e então os Campeões de cada grupo disputavam a Grande Final.

O Campeão da “Zona Sul” de 1959 foi o Coritiba e disputaria a final com o Campeão da “Zona Norte”, e é sobre essa  Final do Campeonato Parananese “Zona Norte” de 59 que irei discorrer.

Para os times do interior, tornar-se Campeão da Zona Norte era o máximo que poderia ser conquistado, pois dificilmente teriam forças para enfrentar os fortes times da Capital. Grandes rivalidades nasceram no interior com os Campeonatos das décadas de 50 e 60 e uma delas era entre os Finalistas de 1959. Londrina e Mandaguari se enfrentariam em 2 jogos (o primeiro em Londrina e o segundo em Mandaguari) para ver qual seria o melhor time do Interior de 1959.
A decisão do Campeonato de 1959 só aconteceu no início de 1960. O primeiro jogo em Londrina terminou empatado e então a decisão foi para Mandaguari, com o Londrina precisando vencer fora de casa para se tornar campeão.
Em 1960 havia somente duas rádios em Londrina, a Rádio Paiquerê (que tinha a maior audiência) e a Rádio Londrina e somente uma delas poderia transmitir a Final do Estádio em Mandaguari, pois havia somente uma linha de transmissão ligando a duas cidades.
Foi então que fizeram um sorteio, e a Rádio que ficou com o direito da transmissão foi a Rádio Londrina.
A Rádio Paiquerê não queria ficar de fora dessa transmissão, então, decidiram que seu narrador, Willy Gonser, “dublaria” a transmissão da Rádio Londrina e narraria o jogo dos estúdios em Londrina como se estivesse no estádio em Mandaguari.

Chega então o dia da grande final. O Londrina abre o placar e consegue segurar o time de Mandaguari durante todo o primeiro tempo.
Em Londrina, a cidade dividida entre a transmissão “dublada” (sem ninguém imaginar) da Rádio Paiquerê e da transmissão “in loco” da Rádio Londrina.
Começa o segundo tempo e o Mandaguari continua pressionando o Londrina, que bravamente mantem o 1 a 0 que lhe dava o título.
Em Londrina uma tempestade se forma.
A pressão do Mandaguari surte efeito, e aos 45 minutos do segundo tempo o juiz marca um pênalti para o time da casa. Felix Lascaño, craque e artilheiro do Mandaguari pega a bola e a coloca na marca da cal...

Cai a luz na Rádio Londrina, e todos que estavam ouvindo a rádio ficam sem sinal.....inclusive Willy Gonser na Rádio Paiquerê.
Todos, na cidade, que estavam ouvindo a Rádio Londrina, passam então a ouvir a Rádio Paiquerê, porém, Willy Gonser não tinha a mínima ideia do que estava acontecendo em Mandaguari.
Willy Gonser, após enrolar alguns minutos (esperando o retorno do sinal da rádio Londrina), “narra” uma discussão fictícia entre jogadores do Londrina e o juiz e então, sem muito o que fazer, decide narrar o Gol de Felix Lascaño para o Mandaguari.  

A cidade inteira triste pelo título perdido nos últimos minutos foi dormir cedo.

No meio da madrugada, fogos e gritaria pelas ruas de Londrina. Era o ônibus do time do Londrina e alguns torcedores que foram para Mandaguari comemorando ......o título?!
Felix Lascaño errou a cobrança do pênalti, e o Londrina se sagrava campeão da “Zona Norte”. Os torcedores do Londrina só acreditaram que o título era real quando viram o troféu.


Após o “acontecido”, o narrador Willy Gonser se mudou para Belo Horizonte onde se tornou em um dos maiores Radialistas de Minas Gerais. 

sábado, 30 de agosto de 2014

Calendário do Futebol Brasileiro e novas formulas para o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil


Tá aí minha proposta para um novo Calendário para o Futebol Brasileiro

Calendário do Futebol Brasileiro e novas formulas para o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil.

Campeonato Brasileiro

Um Campeonato Brasileiro com 24 times, disputado no 2° semestre, entre Agosto e Dezembro, onde todos se enfrentariam em turno único (23 rodadas), porem, separados em 2 grupos de 12 times.

Exemplo:

Grupo A – Corinthians, Santos, Internacional, Coritiba, Figueirense, Flamengo, Vasco, Atlético MG, Bahia, Sport, Goiás e Ceará.

Grupo B – Palmeiras, São Paulo, Grêmio, Atlético PR, Criciúma, Fluminense, Botafogo, Cruzeiro, Vitória, Náutico, Ponte Preta e América MG.  

Após as 23 rodadas, os 4 primeiros colocados (dentro de seus próprios grupos), se classificam para as quartas de final, onde o 1° do Grupo “A” enfrentaria o 4° do Grupo “B”, o 2° do Grupo “A” enfrentaria o 3° do Grupo “B”, etc...
As quartas, semifinais e a Final sendo disputadas em duas partidas, onde o time de melhor campanha jogaria por dois resultados iguais (sem a regra do gol fora de casa como na atual Copa do Brasil).
Os: nesse caso, a classificação dos grupos “A” e “B” seriam utilizadas somente para apresentar os 4 times classificados de cada grupo e os cruzamentos das quartas de final, não tendo relação nas “vantagens” durante o mata-mata.

Exemplo: o 3° colocado do Grupo “A” teria a vantagem de dois resultados iguais caso sua campanha fosse melhor que a do 2° colocado do Grupo “B”, e assim sucessivamente.  

São considerados rebaixados para a Série B do ano seguinte os 4 times com as piores campanhas da primeira fase, podendo ser rebaixados 4 times de um mesmo grupo, caso apresentem as piores campanhas.

São considerados “Classificados para a Copa Libertadores do ano seguinte” os 4 times semifinalistas, sendo que os dois Finalistas para a fase final da Libertadores e os outros dois times para a pré-libertadores.

Os 4 times eliminados nas quartas de finais classificariam para a Copa Sulamericana.

Copa do Brasil

A Copa do Brasil deixaria de ser um “mata-mata” em sua parte final e se tornaria numa “Copa com 16 times”, nos moldes de uma Copa do Mundo, e seria disputada no mês de Julho, e em cada ano em uma região diferente do Brasil.

Os times classificados para a Libertadores (5 ou 6 times) do mesmo ano, já estariam classificados entre os 16 times da fase final da Copa do Brasil, então as outras 10 ou 11 vagas seriam disputadas numa pré-copa do Brasil, em mata-matas como são disputados nos dias de hoje.

Esses 16 times seriam distribuídos em 4 grupos de 4 times cada, onde se enfrentariam em turno único (3 partidas), classificando os 2 primeiros colocados de cada grupo. Os 8 times classificados formariam as quartas de finais onde o 1° do Grupo “A” enfrentaria o 2° do Grupo “B”, e assim por diante. Sempre em jogos únicos até a Final. 
Das “quartas” até a Final, todos os jogos que terminassem empatados teriam 30 minutos de prorrogação e persistindo o empate, cobranças de pênaltis.

A Fase final dessa “Nova COPA do Brasil” seria disputada, a cada ano, numa região específica do país.

Exemplo:

Copa do Brasil 2015
Sedes: Cuiabá, Manaus, Brasília, Belém.
Final em Brasília

Copa do Brasil 2016
Sedes: Fortaleza, Recife, Natal, Maceió
Final em Fortaleza

Copa do Brasil 2017
Sedes: Belo Horizonte, Goiânia, Salvador, Rio de Janeiro
Final no Rio de Janeiro

Copa do Brasil 2018
Sedes: São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis
Final em São Paulo

O mês de Julho poderá ser utilizado pelos clubes que não estão disputando a fase final da Copa do Brasil, para uma pré temporada ou para disputar amistosos e torneios fora do Brasil, coisa que traria dinheiro e visibilidade.

Os: em anos de Copa do Mundo, a fase final da Copa do Brasil deverá ser disputada antes do Mundial, pois, evitaria qualquer tipo de comparação.


Primeiro Semestre

O primeiro semestre seria para os Regionais (Sul-Minas, Rio-São Paulo, Copa do Nordeste e Copa Verde). Os 4 times campeões de cada campeonato regional estariam classificados para a Copa Sulamericana do mesmo ano.
Os times que estariam disputando os regionais entrariam somente nas fases finais de seus estaduais.


A Libertadores seria disputada de Fevereiro a Junho. 

As "Séries B" e "Séries C" seriam disputadas de Agosto a Dezembro, com 18 times cada, em pontos corridos. 4 sobem e 4 caem. 

A "Série D" também seria disputada no 2° semestre, com os melhores times dos estaduais do mesmo ano que não estão em nenhuma das 3 divisões acima, e com os 4 times que caíram da "C" para "D" no ano anterior. Separados em grupos regionalizados para diminuir custos, até sobrarem 8 times que se enfrentariam em quartas, semis e finais, onde os 4 semifinalistas estariam classificados para a série "C" do ano seguinte.  

  

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Crítica: Guardiões da Galáxia


Uma das coisas mais legais em obras como "Guardiões da Galáxia" é identificar as referências que o filme trás. O diretor James Gunn, um novato em superproduções, escancara todas as suas influências e também mostra algo de novo num universo de filmes já perfeitamente estabelecido e com uma temática consagrada (por crítica e público).
Dizer que a MARVEL tem um impecável zelo por seus personagens é "chover no molhado", pois, desde "Homem de Ferro" lançado em 2008, todas as suas produções tem mantido um nível muito bom. E em seu projeto mais audacioso e arriscado, a "Casa das Idéias" encontrou nos 5 personagens principais de "Guardiões da Galáxia" uma história muito divertida, leve, descompromissada e interessante.
Um humano (Peter Quill/Senhor das Estrelas) que foi abduzido por alienígenas enquanto criança e que se torna em um ladrão de "tesouros intergaláticos", uma assassina (Gamora) treinada por um Titã louco, um ser (Drax) que é pura força física e que tem em mente somente vingança, uma árvore (Groot) que anda e fala (não muito, mas fala) e um guaxinim humanoide (Rocket Raccoon) caçador de recompensas, esses são os 5 personagens, os "Guardiões da Galáxia".
Num primeiro momento é inimaginável que um filme com personagens com as características acima mencionadas desse certo. Mas deu!!! E deu muito certo!
O filme se passa quase por completo no espaço, em planetas e mundos nunca antes explorados nos filmes da Marvel (tirando uma cena pós crédito de Thor 2 e outra em Os Vingadores), e isso faz deste filme o mais diferente de todos, desde a cenários que vão de um planeta abandonado e em ruínas, a grandiosas naves (úmidas e escuras), até a um planeta no auge de sua prosperidade e modernidade.
As cores pulam da tela de forma orgânica e natural, pois entendemos que esses "mundos fantásticos" apresentados durante o filme estão dentro da lógica proposta pelo diretor. A fotografia do filme é bastante competente e o uso de CGIs e efeitos especiais estão perfeitos.
Dentro de todas as muitas coisas ótimas de "Guardiões da Galáxia" eu destaco a excelente trilha sonora. As músicas, além de serem sensacionais, realmente são parte fundamental da história. As canções servem tanto para alívio cômico, quanto para motivar uma ação específica de personagens e também para ligarmos a outros personagens. Dentro desse segmento de filmes de Super-Heróis e principalmente dos filmes do Universo Marvel, essa é a obra que melhor usou o recurso de trilha sonora, que é desde já uma das minhas favoritas em toda a história.
É escancarada as referências da cultura pop oitentista, tanto na música quanto no cinema. Se o filme tem um tanto de Star Trek e suas explorações espaciais, também bebe bastante da fonte de Star Wars, desde a formação da "equipe" (Rocket Raccoon / Groot realmente lembram muito a dupla de "Star Wars" Han Solo / Chewbaca), até aos seres fantásticos que habitam em cada planeta, com um belíssimo trabalho de maquiagem. Rocket é completamente insano pilotando naves espaciais!
Chris Pratt está excelente como o "Senhor das Estrelas" e seu humor é no tom certo do filme. Zoe Saldana e sua letal "Gamora" já é um dos melhores personagens da MARVEL nos cinemas e a atriz se consolida como uma das maiores musas do mundo "nerd", pois acaba de emplacar sua Terceira franquia Sci-Fi (Avatar e Star Trek são as outras duas). Todo o elenco está muito bem, inclusive Dave Bautista (Drax) e sua sede de vingança, porém, me incomoda a caracterização do "Colecionador" vivido pelo sempre eficiente Benicio Del Toro, um tanto exagerado nos trejeitos e maquiagem.  
A dupla Rocket Raccoon e Groot dão um show a parte com uma química absurdamente perfeita entre Bradley Cooper (Rocket) e Vin Diesel (Groot) tanto nas piadas quanto nas cenas de ação.

O roteiro é redondo, quase perfeito, com alguns pequenos escorregões como o clichê do vilão que quer destruir um planeta a todo custo em busca de uma vingança milenar, mas nada que atrapalhe consideravelmente a obra. Dizer mais do que isso é estragar as várias e ótimas surpresas que o filme traz. Uma dessas ótimas surpresas aparece na cena pós-créditos e o que eu posso dizer é que é OITENTISTA "pra mais de metro"!
O diretor James Gunn fez um belo trabalho e isso já foi reconhecido pelos manda-chuvas da MARVEL/DISNEY. James Gunn será o diretor e roteirista de "Guardiões da Galáxia 2", já confirmado para 2017.

A MARVEL conseguiu me surpreender outra vez e entregou um belo e divertido filme, expandiu seu "Universo" e apresentou novos e ótimos personagens para o grande público.

Agora estou só esperando quando "Vingadores" e "Guardiões" se unirão num mesmo filme.......eu acho que isso vai acontecer em "Os Vingadores 3"....mas isso é outra história......

Nota 10

Marcio Alexander Luciano

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Você Gosta de Desenho Animado?

Como eu gosto de Desenhos Animados.....minha mãe fala que quando eu era criança pequena lá no Bairro da Penha em São Paulo era só me deixar em frente a TV pra ver os desenhos do Popeye, Perna Longa, Pato Donald, Tico e Teco, etc, que eu ficava quieto, sem dar trabalho pra ninguém.

Hoje sou um grande fã de Animações e principalmente das produzidas pela Pixar, pois hoje, ninguém faz Animações tão boas quanto ela, porém, a Disney mostrou com o ótimo “Frozen” que pode sim voltar a nos presentear com obras como “A Bela e a Fera” e “O Rei Leão”.

Segue uma listinha com os meus 25 Filmes de Animação preferidos:

25- Shrek



24- Madagascar



23- Como Treinar o Seu Dragão



22- Detona Ralph



21- As Aventuras de Tintim



20- Os Simpsons – O Filme



19- Valente



18- Vida de Inseto



17- O Gigante de Ferro



16- Peter Pan



15- A Dama e o Vagabundo



14- Toy Story



13- Os Incríveis



12- A Bela e a Fera



11- Uma Cilada Para Roger Rabbit



10- O Rei Leão






     09- A Viagem de Chihiro



08- Frozen



07- Monstros S/A



06- Procurando Nemo



05- Ratatouille



04- Rango



03- Up – Altas Aventuras



02- WALL-E




01- Toy Story 3


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Crítica: 12 Anos de Escravidão


O mundo está passando por um momento muito triste e perigoso.
Afirmo com todas as letras que nunca pensei que presenciaria tantos formadores de opinião, jornalistas, artistas, esportistas, políticos e pessoas comuns, amigos, parentes, conhecidos; várias pessoas, que ainda se mostrem racistas. O preconceito racial contra negros é cruel, pois não atinge somente a pessoa que está sofrendo este ato (que por si só já é terrível!!!), mas atinge todo um grupo de pessoas que sofreram as mais terríveis humilhações, perseguições, maldades e crueldades vistas na história moderna.
O Brasil está passando por um momento muito tenso, onde jornalistas (em rede nacional) defendem a humilhação pública de "marginaizinhos" (mulatos) e onde comediantes fazem "piadas" com negros usando o termo "macaco", e está tudo certo, em nome da "Liberdade de Expressão".
"12 Anos de Escravidão" é um filme que deve ser visto pelo maior número de pessoas, e o mais cedo possível. É um filme que tem a real e rara oportunidade de abrir a mente de jovens e adolescentes em relação a um tema tão complexo e delicado.
Baseado em uma história real e dirigido pelo ótimo Steve McQueen (Shame, Brilhante) e produzido pelo astro Brad Pitt, "12 Anos de Escravidão" conta a história de Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor), um negro liberto, casado e com filhos e que vive no estado de Nova Iorque onde trabalha como músico (um mestre no violino). Soloman então acaba sendo sequestrado em Washington (onde está fazendo uma apresentação) e vendido para um "comerciante" de escravos da Louisiana, um dos únicos estados Norte-Americanos que até então não tinha abolido a escravidão, o ano era 1841.

O filme conta parte do que foram os 12 anos de escravidão de Solomon, sua luta pra se manter vivo e ainda confiante em rever seus filhos e sua esposa, mesmo passando por humilhações, tristezas, sofrimentos e as mais cruéis maldades que se possa imaginar. Solomon sofreu e presenciou coisas que a maioria das pessoas nem imaginaria que poderia existir e ainda sim, se manteve integro e honesto com seus sentimentos.

Vivido com maestria pelo ótimo Chiwetel Ejiofor, Solomon Northup não é o "Django" de Quentin Tarantino em busca de vingança, mas sim um homem que teve a família e a liberdade roubadas por uma das faces mais asquerosas da humanidade, a da maldade, pura e cruel.

O espetacular Michael Fassbender faz o papel do fazendeiro e senhor de escravos Edwin Epps e é impressionante o que ele faz em cena!!! Fassbender mereceu todos os prêmios que ganhou por esse papel e merece muito mais! Seu personagem é interpretado com tamanha genialidade e loucura que a não consigo imaginar outro a levar o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante.

Mas quem rouba a cena mesmo é a linda e ótima atriz Lupita Nyong'o que faz o papel de Patsey, uma jovem negra escravizada junto com Solomon.
Todas as cenas em que Lupita aparece são um show a parte e toda a delicadeza e sensibilidade da atriz ficam latentes até nas mais pesadas e brutais cenas.

Tecnicamente o filme é espetacular e isso fica visível na ótima montagem, o filme corre pelos 12 anos citados de forma fluida e leve, na fotografia magistral, na bela direção de arte e maquiagens e na linda trilha sonora.

Existem filmes bons, filmes ótimos, filmes espetaculares, filmes geniais, filmes históricos......e existe um tipo de filme (que além de ótimo) é NECESSÁRIO e "12 Anos de Escravidão" é um desses filmes.

Precisávamos de um filme como "12 Anos de Escravidão", para nunca esquecermos que a maldade humana não tem limites, e que infelizmente, muitas pessoas ainda são influenciadas a manter e disseminar pensamentos e atos racistas em pleno século 21.


Nota 10


Marcio Alexander Luciano

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

O Futebol Brasileiro em 2013



Não há dúvida alguma que o estado de Minas Gerais foi o protagonista do Futebol Brasileiro em 2013, pois Atlético MG e Cruzeiro além de apresentarem o melhor futebol, também conquistaram os principais campeonatos do ano.

O primeiro semestre de 2013 foi dominado pelo Galo, campeão Mineiro e da Libertadores, título inédito para o clube que desde 1971 (Campeão Brasileiro) não conquistava um título de tamanha expressão. O time comandado pelo paranaense Cuca mostrou um futebol agressivo e com um ataque quase perfeito, contando com Ronaldinho Gaúcho, Diego Tardelli, Bernard e Jô e jogando no Estádio Independência, o Galo era praticamente indestrutível e assim derrubou um a um seus adversários. Contando também com um bom sistema defensível e o ótimo goleiro Victor e um banco de reservas de grande qualidade, o Atlético Mineiro mostrou desde o início da Libertadores que era um dos favoritos ao título. Um grande trabalho coroado com o principal título de sua história, esse foi o 2013 do Clube Atlético Mineiro.

Mas Belo Horizonte se consolidou como a capital do futebol Brasileiro em 2013 no segundo semestre onde o Cruzeiro, comandado pelo ótimo técnico Marcelo Oliveira, arrancou para o Tri Campeonato Brasileiro. A Raposa não deu chances para ninguém e faltando 4 rodadas para o fim do Campeonato, sagrou-se campeã Brasileira vencendo o Vitória no Barradão por 3 a 1. O Cruzeiro manteve parte do elenco de 2012 e se reforçou em posições carentes, o ótimo zagueiro Dedé (ex Vasco) e o meia Éverton Ribeiro (Coritiba) deram cara nova ao time que já era muito bom. O Cruzeiro foi o Campeão Brasileiro mais incontestável dos últimos anos, tamanha superioridade frente aos outros 19 times da série A.

Destaco também o Botafogo, liderado por Oswaldo de Oliveira e o craque holandês Seedorf que conseguiu uma classificação para a libertadores após 18 anos.
Mas as duas surpresas foram os finalistas da ótima Copa do Brasil. Flamengo e Atlético Paranaense mostraram que não é necessário um elenco de estrelas (cof cof Internacional, cof, Corinthians, cof cof cof) ou um técnico com grande currículo (cof Luxemburgo, cof cof cof Paulo Autuori, cof cof ) para realizar um bom campeonato Brasileiro ou ser finalista e campeão da Copa do Brasil.

O Atlético Paranaense provocou uma pequena “revolução” no Futebol Brasileiro ao abdicar do Campeonato Estadual. Usando um time sub 23 nessa competição, o CAP priorizou a preparação física do time principal, e o resultado foi um 3° Lugar no Brasileirão (Classificação para a Libertadores) e um vice-campeonato da Copa do Brasil, isso tudo com um time limitado tecnicamente, mas com um fôlego jamais visto nos últimos 10 anos de campeonato brasileiro por pontos corridos. O Atlético PR possivelmente não inventou a “roda” do Futebol Brasileiro no século 21, mas mostrou um belo caminho que certamente será copiado por outros clubes.

O Flamengo foi outro vitorioso de 2013. Nem o mais fervoroso torcedor rubro-negro imaginaria que o time terminaria o ano Campeão da Copa do Brasil e com uma vaga direta na Libertadores 2014. Com um primeiro semestre ridículo e com o pedido de demissão do então técnico Mano Menezes (já no segundo semestre), o Flamengo parecia estar fadado para um ano melancólico e quase trágico (a 2ª Divisão estava logo ali), porém, o interino Jayme de Almeida, possivelmente uma das pessoas mais humildes e sérias do futebol, comandou um Flamengo aguerrido, com uma obediência tática inédita no ano e com jogadores iluminados como Hernane “Brocador”, Leo Moura e Elias, que foi derrubando seus adversários (Cruzeiro, Botafogo, Goiás e Atlético PR) num Maracanã que pulsava, forte, alto e claro, a paixão dos rubro-negros pelo Flamengo e sua vocação (quase Celestial) que tem para decisões.

Mas 2013 também nos apresentou algumas decepções como os caros e estelares elencos de Internacional e Corinthians, o primeiro com uma das maiores folhas salariais chegou na última rodada do Brasileirão ainda com risco matemático para o rebaixamento, o segundo até teve um bom início de semestre com os títulos da Recopa e do Paulistão, porém, toda a expectativa criada sobre o até então campeão da Libertadores e do Mundo foi quebrada com uma desclassificação precoce na Libertadores e com um dos piores ataques do Campeonato Brasileiro.

Lembrando também da pífia campanha do São Paulo no Campeonato Brasileiro (salvo por Muricy Ramalho de um inédito rebaixamento) e da eliminação vergonhosa que sofreu do Atlético Mineiro na Libertadores, além das ridículas campanhas do Fluminense (Campeão Brasileiro em 2012) e do Vasco, que foram rebaixados no campo no Brasileirão e que só o Deuses do Futebol sabem em qual divisão esses times jogarão em 2014.

Espero um 2014 com um futebol mais equilibrado e de maior nível técnico, com ou sem “virada de mesa”, pontos corridos ou mata-mata, 20 ou 24 times na primeira divisão, não importa, precisamos de um Futebol mais forte, com menos jogos, mais tempo para os técnicos treinarem seus times, estaduais mais curtos e se possível.....a volta dos regionais (Sul-Minas, estou falando com você!!!).

2014 é o ano da Copa, mas também é de Libertadores, Copa do Brasil, Copa Sulamericana e Brasileirão.


Bom Futebol 2014 para todos!!!