quinta-feira, 28 de março de 2013

...que a dureza do PRÉLIO não tarda!



Está no próprio hino do clube, a palavra “prélio” que tem com sinônimos: luta, batalha, peleja, combate. Seus torcedores, os verdadeiros Palestrinos, já estão cansados e não aguenta mais essa “guerra” de nervos entre diretoria, jogadores, comissão técnica e as organizadas.

O Palmeiras é um gigante do futebol sul-americano e nacional, está praticamente empatado com o Vasco da Gama como a Quarta maior torcida do futebol brasileiro e é um clube que ostenta títulos dos mais importantes como os 8 Campeonatos Brasileiros, 2 títulos da Copa do Brasil e uma Libertadores, isso sem contar os 22 títulos do Campeonato Paulista.

O Palmeirense tem muito com o que se orgulhar de seu time, desde a histórica Academia de Futebol da década de 70 que contava com o maestro Ademir da Guia até um dos times mais espetaculares que eu vi jogar, o Palmeiras dos anos 90, mais precisamente dos anos 93,94,95 e 96......esse time dirigido por Vanderlei Luxemburgo praticava algo parecido com a perfeição!!! Jogadores como Edmundo, Evair, Mazinho, Cafu, Roberto Carlos, Zinho, Velloso, Antonio Carlos, Cesar Sampaio, Muller, etc... formaram um dos times que praticaram o futebol mais belo, ofensivo e letal dos últimos 20 anos, e digo isso com conhecimento de causa pois o “meu” São Paulo cansou de sofrer nas mãos do Palmeiras durante esses anos (tirando é claro os confrontos na Libertadores...hehehe), isso sem falar do time campeão da Libertadores de 1999 de Alex, Paulo Nunes, Junior, Arce, "São" Marcos e Felipão...
Seu verdadeiro torcedor está cansado, pois os exemplos acima são de certa forma recente e na mesma proporção que seus principais rivais (Santos, São Paulo e Corinthians) formaram grupos fortes e competitivos, vencendo principalmente a Libertadores e o Mundial de Clubes, o Palmeirense viu seu clube cair pela 2ª vez para a 2ª divisão do Brasileirão em menos de 10 anos.

O jogo da última quarta-feira (27/03) que ficou marcado pela derrota de 6 a 2 para o pequeno Mirassol é emblemático e ao mesmo tempo autoexplicativo. Por mais que o bom técnico Gilson Kleina diga que confia em seu grupo e que o trabalho está sendo feito de forma correta, o grupo de jogadores (mesmo que fechado com diretoria e comissão técnica) não tem qualidade. Há vários ditados populares que explicam, “sem ovos não dá pra fazer omelete”, “sem limões não se faz limonada” e sem jogadores de qualidade não se faz um grande time, simples assim.

E se tem uma coisa que o Palmeiras não precisa nesse momento é de simplicidade...

........reage Palmeiras, e mostre que de fato, é um campeão!!!

segunda-feira, 25 de março de 2013

Crítica: Vai Que Dá Certo



A comédia nacional está passando por um dos momentos mais brilhantes dos últimos tempos e isso graças há um grupo específico de humoristas que fazem vídeos, de 3 minutos em média, para a internet, esse grupo é o “Porta dos Fundos”.  Esse grupo começou a lançar vídeos, (dois por semana), em meados de Agosto de 2012 e se tornaram um dos maiores sucessos da história da internet brasileira, sendo que um dos vídeos já está com mais de 5 milhões de visualizações no YouTube.  A citação a estes vídeos não é gratuita, pois Fábio Porchat e Gregório Duvivier estão em “Vai Que Dá Certo” e também são os responsáveis pelos ótimos vídeos do “Porta dos Fundos”.
Fábio Porchart divide o roteiro com Mauricio Farias,que também é o diretor do filme que apresenta 4 amigos falidos, Rodrigo (Danton Mello), os irmãos Amaral (Fábio Porchat) e Vaguinho (Gregório Duvivier) e o professor de inglês Tonico (Felipe Abib), acabaram de chegar aos 30 anos e estão sem nenhuma perspectiva de vida, e isso fica mais latente quando Rodrigo mente para sua mulher e para seu patrão (ele toca piano em um restaurante) e fica até mais tarde com seus amigos numa partida de futebol, com direito a churrasco e karaoke e acaba sendo demitido e sua mulher o expulsa de casa. Mas ei que surge Danilo (Lucio Mauro Filho) que faz uma proposta tentadora para  Rodrigo, dar um golpe de R$ 700.000,00 na transportadora de valores onde trabalha, e para isso ele precisará da ajuda de mais pessoas. Contando também com o ótimo Lucio Mauro, com a bela Natália Lage e com Bruno Mazzeo que faz o papel do “amigo rico” e candidato a vereador Paulo, o filme traz um bom elenco.   
Os irmãos Amaral e Vaguinho tentam sobreviver com uma "quase" falida locadora de DVDs e jogos de videogame, e é nessa locadora onde os diálogos mais engraçados acontecem.
O roteiro é na verdade um fio condutor das cenas de humor e diálogos cheios de referência a cultura pop e que pulam da tela a todo o momento, o que não e necessariamente ruim, pois desde a abertura do filme que é uma homenagem aos jogos clássicos do Atari, até a trilha sonora feita por Branco Mello dos Titãs, mostra que é um filme feito para quem cresceu com a influência dos anos 80 e 90.

Não vá para o cinema pensando em ver uma obra de arte e nem um filme com roteiro impecável e com atuações épicas, vá ao cinema e você verá uma comédia sincera, realmente engraçada e atual.

 
Nota 8.00

 
Marcio Alexander Luciano

quinta-feira, 21 de março de 2013

50 Km, ida e volta...

Essa história verídica aconteceu comigo e um amigo de infância. Tínhamos 14 anos e morávamos em Cafelândia, uma pequena cidade de 10 mil habitantes no Oeste do Paraná.

E por qual motivo contarei essa história? Vocês entenderão no decorrer.
Eu e Leandro éramos doentes (ainda sou..rs) por jogos eletrônicos (videogames e fliperamas), era o auge dos “Arcades” e as lanchonetes e bares em frente ao Colégio Alberto Santos Dumont se enchiam de crianças e adolescentes querendo “zerar” Captain Commando, Golden Axe , Mortal Kombat e etc... Jogos que ficariam em nossas memórias para sempre. Porém, havia um jogo que era uma unanimidade entre a maioria da molecada, STREET FIGTHER 2 !!! Não era apenas um jogo, era O JOGO, e quando soubemos que estavam fazendo um filme dele, ficamos mais felizes do que o Ryu soltando hadouken na cara do Bison!!! E quando foi confirmado que quem iria estrelar o filme era ninguém menos que Jean Claude Van Damme,  não pensamos duas vezes: - Temos que ir pra Cascavel ver o filme no cinema!!!


Sim, Cascavel... Tivemos que ir pra Cascavel, pois em Cafelândia não tinha cinema, e não aguentaríamos esperar pra ver filme em videocassete (o ano era 1995 e os filmes demoravam em média 6 meses para saírem em fita de vídeo).

A distância entre as duas cidades é de 50 km, teríamos que pegar um ônibus na rodoviária de Cafelândia, descer na de Cascavel, pegar um táxi e ir direto para a ÚNICA sala de cinema da região. Antes disso, claro, tivemos que convencer nossos pais a deixarem a gente fazer a pequena aventura, e eles deixaram.

Fizemos tudo certo, dinheiro na mão, passagem comprada, horário da exibição do filme confirmado. Chegamos à rodoviária de Cascavel e já pegamos o taxi. O trajeto até o cinema não foi demorado, porém, quando fomos até a bilheteria para comprar os ingressos fomos informados que o filme em exibição tinha mudado, não era mais STREET FIGTHER e sim Débi & Loide (com Jim Carrey e Jeff Daniels)!!! Não acreditávamos que tínhamos andado 50 Km e não conseguiríamos ver Van Damme e sua turma distribuindo socos e chutes pra todo lado. O que nos restava era apenas ver Débi & Loide, e vimos, e nunca tínhamos rido tanto em nossas vidas, pois estávamos vendo uma das comédias mais engraçadas de todos os tempos.

Assistimos ao filme e fomos em direção à rodoviária de Cascavel, porém, resolvemos voltar a pé, e é claro, nos perdemos!!! Perguntando aqui e ali, conseguimos chegar à bendita rodoviária, e o último ônibus para Cafelândia (do dia), iria sair em menos de 20 minutos..... cheguei em casa e já estava acabando o Fantástico.....

E assim me tornei um doente por CINEMA....

 
Marcio Alexander Luciano

 
os: Depois de alguns meses finalmente assistimos Street Figther, em video, e agradecemos todos os Deuses do Universo por terem nos livrado de um filme tão ruim!!!!

terça-feira, 19 de março de 2013

Crítica: Oz, Mágico e Poderoso



Existem filmes que ficam para sempre na memória das pessoas, obras que se tornam eternas e que se transformam em referências como o clássico “O Mágico de Oz”, filme de 1939.
A referência ao filme de 1939 é necessária, pois “Oz, Mágico e Poderoso” é um prequel , narra fatos que antecedem a história contada em 1939 com Dorothy, o Leão, Homem de Lata e o Espantalho.
Neste prequel dirigido por Sam Raimi (Rápida e Mortal, Trilogia Homem-Aranha, Arraste-me para o Inferno), a terra encantada de Oz está colorida, cheia de vida e muito perigosa. As cenas que antecedem a ida do personagem principal, o mágico charlatão Oscar Diggs, para esse “mundo novo” são ótimas. O filme começa com as cenas em preto e branco (como no filme de 1934), e a transposição para o colorido e com a tela aumentando de tamanho no momento em que Oscar percebe que não está mais no Kansas é uma das coisas mais bonitas que eu já vi no cinema.
Quem interpreta o personagem principal é o ator James Franco (Homem Aranha, 127 Horas, Planeta dos Macacos: A Origem), que mesmo sem ter o carisma de outros astros de sua geração, não compromete e até consegue dar certa graça a seu personagem. Mas as responsáveis pelos melhores momentos no filme são as três ótimas atrizes que interpretam as bruxas Theodora (Mila Kunis), Evanora (Rachel Weisz) e Glinda (Michelle Williams, que está deslumbrantemente perfeita e linda!!!).
Com efeitos especiais espetaculares e com uma linda fotografia nas cenas iniciais em preto e branco, tecnicamente o filme é quase perfeito, mas infelizmente peca em sua montagem e roteiro. Em alguns momentos o filme se arrasta e demora a nos mostrar qual é a real “missão” do mágico e em definir quais bruxas são as vilãs da história. A montagem é um tanto confusa e não conseguimos perceber quanto tempo se passou desde a chegada de Oscar ao mundo de “Oz” até o desfecho da história, porém, o filme é engraçado e cheio de aventuras, com coadjuvantes interessantes e com até certa dose de drama com a Boneca de Porcelana.
“Oz, Mágico e Poderoso” faz várias referências aos personagens do filme de 1939 e tem um final digno e coeso, pois se mantém fiel na ideia de ser um prequel de “O Mágico de Oz”.

Sam Raimi, acostumado a dirigir filmes de terror e de um Super-Herói que fica se pendurando em prédios em Nova Iorque, nos presenteia com um belo filme de aventura e magia, que mesmo não sendo perfeito é uma sincera homenagem a obra de 1939.
 

Nota 9.00
 

Marcio Alexander Luciano

segunda-feira, 18 de março de 2013

Classic Movies: Feitiço do Tempo


As obrigações e deveres do mundo moderno faz com que os dias se tornem cada vez mais parecidos e por mais que nos esforçamos para mudar, rotinas e burocracias nos empurram para uma vida onde o tempo está cada vez mais “relativo” e menos “disponível”.
 Na história de “Feitiço do Tempo” (Groundhog Day), filme lançado em 1993 e dirigido por Harold Ramis (Os Caça Fantasmas 1 e 2), o personagem Phil Connors, interpretado pelo sempre ótimo Bill Murray, é um mesquinho e egocêntrico repórter do tempo de um canal de TV de Pittsburgh e é designado a cobrir um festival de inverno em uma cidadezinha na Pensilvânia. Esta festa na pequena cidade de Punxsutawney é o Dia da Marmota que é comemorado no dia 02 de Fevereiro de todos os anos. Phil é acompanhado pelo seu cinegrafista e pela jovem produtora Rita interpretada pela bela Andie MacDowell.
A festividade consiste em verificar a toca de uma marmota na praça da cidade, se o animal não se assustar com a sombra da pessoa que está em frente à toca e sair, é um sinal que o inverno acabará cedo, porém, se a marmota enxergar a sombra da pessoa em frente a sua toca e não sair, significa que o inverno terá mais 6 semanas.
Phil está cobrindo esta festividade pela quinta vez seguida e não está nem um pouco contente com isso. Ele faz a reportagem e quer voltar no mesmo dia para Pittsburgh, porém, uma forte tempestade de neve atinge a cidade e eles ficam presos em Punxsutawney , forçando-o a passar mais uma noite no pequeno hotel da cidade.
Quando Phil acorda às 6 horas da manhã, percebe que algo está estranho, ele acorda com a mesma música do dia anterior no despertador do rádio, a dona do hotel lhe faz as mesmas perguntas, ele encontra o mesmo “amigo” de infância na rua e tropeça no mesmo buraco na calçada, então ele se dá conta que o dia está se repetindo e que novamente é 02 de Fevereiro.
No começo, Phil mostra incredulidade por estar passando por uma situação bizarra e sem sentido, depois, passa a se aproveitar da situação para levar algumas vantagens e então vem a tristeza por não saber como se livrar dessa condição de estar “preso no tempo”.
Contando com um roteiro afiado e sem furos em um filme onde as repetições das situações devem ser apresentadas com coesão, uma montagem eficiente, uma direção que beira a perfeição e um ótimo elenco, “Feitiço do Tempo” é uma das melhores comédias de todos os tempos.
 

Nota 10
 
Marcio Alexander Luciano

segunda-feira, 11 de março de 2013

Quando a Sétima e a Nona arte se encontram....

Em 1912 o crítico de cinema e teórico italiano Ricciotto Canudo estabeleceu o “Manifesto das Sete Artes (publicado somente em 1923)” numerando todas as formas de arte existentes até aquele período. Daquele “manifesto” em diante o Cinema ficou com a alcunha de SÉTIMA ARTE. Alguns anos mais tarde outras formas de arte foram expostas e apresentadas, e uma delas era a “Banda Desenhada” ou mais popularmente conhecida como História em Quadrinho, que desde então é conhecida pela expressão NONA ARTE.
Duas formas distintas de contar uma história, uma com imagens em movimento, sons, música, etc; e a outra com desenhos e diálogos, de certa forma a NONA ARTE é uma junção da TERCEIRA ARTE (Pintura) com a SEXTA ARTE (Literatura).
O Cinema que sempre se alimentou de todas as outras artes, agora solidifica um novo gênero de filme a partir dos Quadrinhos. Temos dramas, comédias, aventuras, filmes de ação, western, musicais, romances, etc... e temos também filmes de HQ (História em Quadrinho).
Se começarmos a listar todos os filmes, bons e ruins, que foram realizados baseados em uma HQ certamente a maioria das pessoas que não estão familiarizadas com o tema “quadrinhos” iria se espantar. Mesmo assim listarei alguns: Superman, Batman, Smurfs, Howard – O Super Pato, 300 de Esparta, Kick Ass, O Máscara, O Fantasma, Constantine, Motoqueiro Fantasma, Conan O Bárbaro, Quarteto Fantástico, O Justiceiro, V de Vingança, Sin City, Blade – O Caçador de Vampiros, X-Men, Homem Aranha, Spawn, Dredd, Hellboy, Watchmen, Homem de Ferro, Hulk, Capitão América, Thor, O Procurado, Demolidor – O Homem sem Medo, Elektra, Van Helsing, Lanterna Verde, Os Vingadores... e tem muito mais.
Para muitos, Hollywood está sofrendo de uma grave crise criativa e então está sugando esse novo gênero até o seu limite, para outros (me incluo..rs) o Cinema, Americano, está finalmente acabando com o pré-conceito de que filmes baseados em quadrinhos são de baixa qualidade artística e que além de gerar boas histórias dão um grande retorno financeiro para os estúdios.
Como qualquer gênero de filmes, os baseados em HQs também tiveram seus maus exemplos e as bombas Lanterna Verde, Homem Aranha 3, Elektra e Wolverine Origens estão aí para eu não mentir. Porém, filmes como Homem Aranha II (Sam Raimi), Batman  - O Cavaleiro das Trevas (Nolan), Os Vingadores (Joss Whedon) e X-Men Primeira Classe(Matthew Vaughn),  sucessos de crítica e público em todo mundo, provam que realmente é possível fazer ótimos filmes com essa temática.
Um gênero que está mais forte a cada ano, que chama a atenção de grandes atores, diretores premiados e dos maiores estúdios e produtores já é uma realidade e Hollywood já entendeu o recado.

 
Marcio Alexander Luciano

terça-feira, 5 de março de 2013

A Justiça Seletiva dos Pontos Corridos ou a Democrática Injustiça dos Mata-Matas?


Quando os pontos corridos foram estabelecidos, a partir de 2003, no Campeonato Brasileiro de futebol eu tinha total convicção de que a CBF estava fazendo a coisa certa, pois os exemplos vindos da Europa com seus campeonatos espetaculares, cheios de craques e com estádios lotados em praticamente todos os jogos me faziam crer que o futebol brasileiro estava seguindo o melhor caminho e seu principal campeonato teria um belo “upgrade”.
Depois de 10 campeonatos disputados nesse formato eu sou obrigado a admitir que eu estava errado, pois no Brasil, um campeonato nacional em pontos corridos não é e dificilmente será justo. A tal justiça no Brasileirão não se faz somente com o campeão sendo o mais regular em 38 rodadas, “fez a melhor campanha o ano todo...mereceu”, ou “é um time com um plantel invejado, como tem opções o seu técnico??!!”, ou então “é campeão pois foi o time que mais investiu em contratações...”, um campeonato é justo quando todos os times tem a MESMA oportunidade e condições, coisa que não acontece no Brasil.
Nos grandes centros populacionais (SP, Interior de SP e RJ) os times desses estados largam na frente no quesito “barganha” com emissoras de TV e futuros patrocinadores, pois toda empresa ou rede de televisão quer ser lembrada ou vista pelo maior número de pessoas possíveis, e é nesse ponto da “barganha” que esses times conseguem, junto a TV (Globo), uma maior quota de dinheiro referente a transmissões dos jogos e o uso da imagem.
E o que isso tem haver com “Justiça ou Injustiça dos Pontos Corridos???” Eu respondo: Tudo!
Desde a primeira edição do Brasileirão nesse formato, o único time que foi campeão e que não é Carioca e nem Paulista foi o Cruzeiro –MG, e esse título aconteceu logo no primeiro campeonato, o de 2003. Os 9 campeonatos seguintes foram vencidos por Santos (2004), Corinthians (2005), São Paulo (2006,2007,2008), Flamengo (2009), Fluminense (2010), Corinthians (2011) e Fluminense (2012). Times de MG, PR e RS, desempenharam nesse período, algumas boas campanhas ou regulares, mas dificilmente brigando por título.

O exemplo a seguir é esclarecedor. O Botafogo, que em 2011 terminou o Brasileirão em 9° lugar com 56 pontos e que fez tudo errado tanto na administração do clube e do estádio Engenhão, nas contratações e que não teve apoio maciço de sua torcida (praticamente não tem sócio torcedores e péssima média de público) além de ter um lucro no final do ano maior que o Coritiba (outro time que usarei nesse exemplo), ficou apenas uma posição abaixo do Coxa e com 1 ponto a menos. O time paranaense, desde que retornou para a primeira divisão, tem feito todo o possível para manter uma postura profissional tanto na administração do clube quanto na política de contratações e tem um dos melhores planos de sócio-torcedor do Brasil. Enquanto um clube faz praticamente tudo errado o outro trabalha no seu limite administrativo e financeiro de forma correta e exemplar e no campo a diferença num campeonato de “pontos corridos” é de 1 mísero ponto!!?? E é claro, este time também ficou distante de uma possível luta por títulos ou vaga para uma Libertadores.
Num mundo ideal, onde um Campeonato de Pontos Corridos seja realmente justo, ele deve começar com a distribuição dos valores vindos da TV mais próxima possível do “igualitário” entre todos os 20 times da Primeira Divisão.
Somente um campeonato de mata-mata é capaz de fazer um Londrina (1979) e um Operário-MS (1977) disputarem uma semifinal de Brasileirão.
Em um campeonato de “Mata-Mata” a justiça está em democratizar a injustiça.


Marcio Alexander Luciano

segunda-feira, 4 de março de 2013

Classic Movies: Perfume de Mulher


 
Quando o Tenente-Coronel Frank Slade (Al Pacino) aparece pela primeira vez na tela e começa a desferir provocações e insultos ao jovem Charlie Simms (Chris O’Donnell), não imaginamos que esse personagem terá nossa torcida e simpatia antes da metade do filme.
Pacino (O Poderoso Chefão I, II e III) é um dos maiores atores de todos os tempos, porém, a Academia só o agraciou com um Oscar de Melhor Ator em “Perfume de Mulher”, filme de 1992 onde interpreta um ex-militar cego, Frank Slade.
Frank é um sujeito amargo, mas que encontrou no jovem Charlie uma chance de realizar alguns “sonhos”. Charlie é um dos melhores alunos um dos colégios mais renomados de New England e sonha ir para Harvard. Mas Charlie está precisando de dinheiro, é bolsista e quer juntar dinheiro para passar o Natal com sua família, então o jovem estudante vê um anuncio de uma família que precisa de alguém para uma espécie de “babá para o feriado de Ação de Graças”, e é nesse momento que a vida de Frank e Charlie se cruza.
O ex-militar reformado é um expert em perfumes femininos, ele consegue “enxergar” as mulheres somente sentindo suas fragrâncias, características como cor da pele, cor do cabelo, altura e até o nome!!! E esse “dom” o ajudará a realizar alguns de seus sonhos, como a espetacular cena do Tango no Restaurante, (impossível de não se emocionar!!!).
Al Pacino nos apresenta um personagem de uma complexidade imensa, sempre no limite, entre a loucura e a sensatez e que busca uma razão realmente importante para continuar a viver.
“Perfume de Mulher” é um filme que, mesmo 20 anos após o seu lançamento, é atual, mas também é de uma beleza imensurável....

Nota 10

Marcio Alexander Luciano