terça-feira, 19 de março de 2013

Crítica: Oz, Mágico e Poderoso



Existem filmes que ficam para sempre na memória das pessoas, obras que se tornam eternas e que se transformam em referências como o clássico “O Mágico de Oz”, filme de 1939.
A referência ao filme de 1939 é necessária, pois “Oz, Mágico e Poderoso” é um prequel , narra fatos que antecedem a história contada em 1939 com Dorothy, o Leão, Homem de Lata e o Espantalho.
Neste prequel dirigido por Sam Raimi (Rápida e Mortal, Trilogia Homem-Aranha, Arraste-me para o Inferno), a terra encantada de Oz está colorida, cheia de vida e muito perigosa. As cenas que antecedem a ida do personagem principal, o mágico charlatão Oscar Diggs, para esse “mundo novo” são ótimas. O filme começa com as cenas em preto e branco (como no filme de 1934), e a transposição para o colorido e com a tela aumentando de tamanho no momento em que Oscar percebe que não está mais no Kansas é uma das coisas mais bonitas que eu já vi no cinema.
Quem interpreta o personagem principal é o ator James Franco (Homem Aranha, 127 Horas, Planeta dos Macacos: A Origem), que mesmo sem ter o carisma de outros astros de sua geração, não compromete e até consegue dar certa graça a seu personagem. Mas as responsáveis pelos melhores momentos no filme são as três ótimas atrizes que interpretam as bruxas Theodora (Mila Kunis), Evanora (Rachel Weisz) e Glinda (Michelle Williams, que está deslumbrantemente perfeita e linda!!!).
Com efeitos especiais espetaculares e com uma linda fotografia nas cenas iniciais em preto e branco, tecnicamente o filme é quase perfeito, mas infelizmente peca em sua montagem e roteiro. Em alguns momentos o filme se arrasta e demora a nos mostrar qual é a real “missão” do mágico e em definir quais bruxas são as vilãs da história. A montagem é um tanto confusa e não conseguimos perceber quanto tempo se passou desde a chegada de Oscar ao mundo de “Oz” até o desfecho da história, porém, o filme é engraçado e cheio de aventuras, com coadjuvantes interessantes e com até certa dose de drama com a Boneca de Porcelana.
“Oz, Mágico e Poderoso” faz várias referências aos personagens do filme de 1939 e tem um final digno e coeso, pois se mantém fiel na ideia de ser um prequel de “O Mágico de Oz”.

Sam Raimi, acostumado a dirigir filmes de terror e de um Super-Herói que fica se pendurando em prédios em Nova Iorque, nos presenteia com um belo filme de aventura e magia, que mesmo não sendo perfeito é uma sincera homenagem a obra de 1939.
 

Nota 9.00
 

Marcio Alexander Luciano

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