terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Crítica: 007 Skyfall

Escrever sobre os filmes da série 007 não é tão fácil assim, principalmente quando nos deparamos com um filme que vai além de cenas de ação, vilões caricatos que querem dominar o mundo, belas bondgirls, martines e smokings alinhados. “007 Operação Skyfall” tem tudo que um bom filme de 007 tem de ter e muito mais.
Quando o diretor inglês Sam Mendes (Beleza Americana) aceitou o convite para realizar este filme, muitos fãs da série e críticos de cinema afirmaram que ”James Bond” daria um salto de qualidade em sua narrativa e trama, e estavam certos, pois Sam Mendes conseguiu explorar, quase que em sua totalidade, todas as características físicas e psicológicas de James Bond, lembrando que esse filme faz parte de uma trilogia que começou pelo ótimo “Casino Royale” de 2006 e pelo não tão bom “Quantum of Solace” de 2008.
A história do filme começa com uma grande cena de perseguição, mas que trará conseqüências para todo o restante do filme, não é uma cena gratuita, e dali o filme se desenvolve e toma um rumo diferente de todos os outros filmes de 007.
A relação herói / vilão também é diferente e surpreendente e já afirmo que esse filme é histórico pois o primeiro diálogo entre James Bond e Raul Silva (vilão vivido pelo ótimo Javier Bardem) é antológico. A cena começa com um monólogo em que o personagem de Bardem, usando de uma metáfora, explica as posições em que vilão e herói se encontram na trama, a cena, em minha opinião, vale uma indicação ao Oscar de Ator Coadjuvante para Javier Bardem.
Sam Mendes, em algumas entrevistas antes do lançamento do filme, falou que é muito fã de Christopher Nolan e que os filmes da série “Batman – O Cavaleiro das Trevas” e “A Origem” o influenciou em “Skyfall”, e é fácil encontrar essas referências, por exemplo, a cidade em ruínas da ilha deserta em que o vilão se esconde é uma clara referência a cidade em ruínas criada na mente (também em ruínas) do personagem Cobb (Leonardo di Caprio) em “A Origem”, e também vemos que James Bond tem mais coisas em comum com Bruce Wayne do que imaginamos....
Tecnicamente o filme é perfeito, da abertura (a melhor abertura de filme dos últimos tempos), os efeitos visuais, as locações, o jogo de luzes (há uma cena de luta a contraluz que é sensacional!!), fotografia, som, etc... é tudo muito bem feito.
Judi Dench como “M”, a chefe de Bond, é sempre ótima, mas nesse filme ela tem importância maior e Ralph Fiennes faz uma participação rápida, porém importante para esse filme e para os próximos que virão.
Daniel Craig é o James Bond, e ponto.
“Skyfall” leva a franquia 007 para o futuro, mas sem esquecer o passado, e isso é visto em várias referências a filmes da série de todas as épocas, incluindo o tema original de 007 (da década de 60) que é tocado em um momento específico do filme.
Eu achava Casino Royale o melhor filme da série........achava....
Como é bom ver um ótimo filme de 007.......
Nota 10
Marcio Alexander Luciano

2 comentários:

  1. E eu continuo achando o Cassino Royale o MELHOR!!!!

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  2. Oi Marcinho, é a sua fã numero 1, Karina, rs.
    Vamos então falar de 007.
    Bom, primeiro, não surpreenderia a você informar que foi a primeira vez que assisti um filme dele. Em minha opinião, a entrada é ótima, o filme excelente, trilha sonora muito boa tambem. O vilão foi simplesmente incrível, papel perfeito para o ator Raoul Silva, para mim, ele se saiu melhor que o ator principal.
    Confesso que esperava mais do final, mas para criar um comparativo melhor, teria que assistir aos demais filmes de 007.
    Beijos
    Karina Trassi

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