Ambientado no sul dos EUA, dois anos antes da Guerra Civil, “Django
Livre”, novo filme de Quentin Tarantino (Pulp Fiction, Kill Bill Volumes 1 e 2,
Bastardos Inglórios), conta a história do escravo Django (Jamie Foxx) que
libertado pelo caçador de recompensas alemão Dr King Schultz
(Christoph
Waltz) de quem se torna seu braço
direito e pupilo, cruzam o velho oeste atrás de procurados pela justiça
americana, tudo por causa das gordas recompensas.
Shultz liberta Django logo no
começo da história, pois precisa de sua ajuda para identificar três irmãos
foragidos e que trabalhavam na mesma fazenda onde Django era escravo. Nesse
meio tempo, Django alimenta a esperança de reencontrar sua esposa, Broomhilda
(Kerry Washington), que também escrava fora vendida para a fazenda Candyland
de Calvin
Candie (Leonardo DiCaprio).
Tarantino usa e abusa de todo seu conhecimento sobre cinema spaguetti e faroestes em geral,
referências e homenagens saltam da tela a todo o momento, sendo em canções,
trilhas sonoras, closes abruptos e diálogos afiados.
O roteiro é muito bom, praticamente não há furos e mesmo sendo um filme
bastante longo (2hs e 45m), a montagem e a edição estão ótimas e a fotografia
do filme é privilegiada pelos belos cenários escolhidos como locação.
Se tem uma coisa que é frequente nos filmes de Tarantino são as ótimas
atuações de todo o elenco e em Django Livre não é diferente, Jamie Foxx, DiCaprio,
Waltz e Samuel L. Jackson estão perfeitos. Foxx não é somente o “negro liberto em
busca de sua amada”, a evolução do personagem é clara e muito bem feita. Christoph
Waltz em mais uma atuação brilhante (novamente indicado ao Oscar de melhor ator
coadjuvante) é responsável pelos melhores diálogos do filme, e percebe-se que
Tarantino (que também é o roteirista do filme) criou o personagem especificamente
para Waltz. DiCaprio certamente é um dos melhores atores de sua geração e seu
vilão Calvie Candie é insano e cruel, sua interpretação é magistral. Samuel L.
Jackson, também com bela atuação, interpreta o personagem Stephen, uma espécie
de “mordomo” da fazenda Candylan mas que mostra ter mais influência na casa dos
“Candie” do que se possa imaginar.
O filme começa com uma libertação, passa por caçadas a foragidos da
justiça, entra num plano para libertar a mulher amada de um fazendeiro malfeitor
e como não poderia faltar nos filmes de Tarantino, a busca pela vingança. Tudo
isso com muito humor, grandes diálogos e ótimas cenas de ação.
Django Livre é mais um ótimo filme de Tarantino, e já está fazendo parte
da minha lista de melhores filmes que já vi.
Nota 10
Marcio Alexander Luciano
Christoph Waltz é um dos melhores atores da atualidade!
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