sábado, 16 de fevereiro de 2013

Crítica: A Hora Mais Escura



A história moderna teve um dos seus principais capítulos escrita no dia 11 de Setembro de 2001, quando um atentado terrorista acabou com a vida de mais de 3000 pessoas nos EUA, e a caçada ao principal responsável por esse atentado é brilhantemente contada no filme “A Hora Mais Escura” da diretora Kathryn Bigelow (Guerra ao Terror).

Kathryn Bigelow, que ganhou o Oscar de melhor Direção e também de melhor Filme em 2010 pelo ótimo “Gerra ao Terror”, volta ao assunto terrorismo em “A Hora Mais Escura”, porém, este é um filme de caça e a “caça” é (era) nada mais do que o homem mais procurado do mundo, o terrorista Osama Bin Laden.

A história de “A Hora Mais Escura” gira em torno da personagem Maya, interpretada pela linda e ótima atriz Jessica Chastain, que faz o papel de uma agente da CIA responsável por encontrar células terroristas e evitar novos atentados.  Sua interpretação é marcante, pois ela consegue dar o tom correto ao personagem, indecisa e receosa, no inicio de suas ações no Paquistão, e com o passar do tempo mais forte e direta, desafiando chefes e figurões do alto escalão da CIA. Maya é uma das únicas mulheres na operação e por isso ela tem que se impor para obter o respeito da equipe.

O realismo nas cenas de tortura, atentados com explosões e invasões são de tirar o fôlego e este próprio realismo também é apresentado nas cenas burocráticas e todo o jogo de interesse entre o serviço de inteligência norte americano e a própria cúpula do poder.

O filme é longo (tem 2:30hs) e você não vê o tempo passar, pois o roteiro é impecável e todos os diálogos são importantes para a trama.

Com 5 indicações ao Oscar 2013, Melhor Filme, Roteiro Original, Montagem (Excelente!!!), Edição de Som e Melhor Atriz (Jessica Chastain), “A Hora Mais Escura” merecia ao menos mais uma indicação, Kathryn Bigelow fora do Oscar 2013 de Melhor Direção é uma aberração!

Mais uma vez somos surpreendidos por um grande filme de guerra, mas é um filme de guerra “moderno”, onde rastreamento de ligações telefônicas e uma rede mundial de informantes são mais eficientes do que o mais poderoso avião de guerra ou submarino nuclear.

Obrigado Kathryn Bigelow !!!

Nota 10

Marcio Alexander Luciano

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