terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Crítica: Amor



É impossível ficar indiferente ao filme “Amor”, uma produção Francesa, Austríaca e Alemã, dirigida por Michael Haneke e estrelada pelos ótimos Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva.  Com 5 indicações ao Oscar 2013, Melhor Filme de Língua Estrangeira, Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro Original e Melhor Atriz (Emmanuelle Riva), “Amor” é um filme forte, real e belo, o que pode ser constatado na primeira cena do filme quando bombeiros derrubam a porta de um apartamento e encontram um quarto todo vedado, dentro dele encontram um corpo, em decomposição, de uma mulher idosa sobre a cama e todo decorado com flores.
 Essa mulher é Anne (Emmanuelle Riva) e o filme conta a sua história e de seu marido Georges (Jean-Louis Trintignant) após a mesma sofrer um derrame.
Anne passa a necessitar  da ajuda  Georges para tudo, pois está com o lado direito de seu corpo totalmente paralisado, e o “Amor” do título do filme fica cada vez mais presente na relação entre os dois.
O cenário é o apartamento do casal, o filme todo se passa dentro dele, e a riqueza dos detalhes de um apartamento que envelheceu junto ao casal é perfeita, das cerâmicas gastas da parede da cozinha até um velho aparelho de som, tudo parece contar uma parte da história de Anne e Georges.
Com interpretações magníficas de seus personagens principais que conseguem passar toda a humanidade e tristeza por traz de um roteiro muito bem elaborado e dirigido por Michael Haneke com uma sensibilidade rara, “Amor” é um filme que é preciso ser visto por todos.
A sensação que fica após assistir o filme é de que seu estômago foi substituído por um grande buraco. Impossível não se emocionar com a cena em que Georges tenta ajudar Anne a andar, (praticamente uma última dança), ou então na cena em que Anne começa a usar uma cadeira de rodas elétrica.
Amor é um sentimento que é difícil de explicar, mas a partir de “Amor”, esse sentimento ficou mais fácil de se mostrar.

Nota 10

Marcio Alexander Luciano

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