É impossível ficar indiferente ao filme “Amor”, uma produção
Francesa, Austríaca e Alemã, dirigida por Michael Haneke
e estrelada pelos ótimos Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva. Com 5 indicações ao Oscar 2013, Melhor Filme
de Língua Estrangeira, Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteiro Original e
Melhor Atriz (Emmanuelle Riva), “Amor” é um filme forte, real e belo, o que
pode ser constatado na primeira cena do filme quando bombeiros derrubam a porta
de um apartamento e encontram um quarto todo vedado, dentro dele encontram um
corpo, em decomposição, de uma mulher idosa sobre a cama e todo decorado com
flores.
Essa mulher é Anne (Emmanuelle
Riva) e o filme conta a sua história e de seu marido Georges (Jean-Louis
Trintignant) após a mesma sofrer um derrame.
Anne passa a necessitar
da ajuda Georges para tudo, pois
está com o lado direito de seu corpo totalmente paralisado, e o “Amor” do
título do filme fica cada vez mais presente na relação entre os dois.
O cenário é o apartamento do casal, o filme todo se passa
dentro dele, e a riqueza dos detalhes de um apartamento que envelheceu junto ao
casal é perfeita, das cerâmicas gastas da parede da cozinha até um velho
aparelho de som, tudo parece contar uma parte da história de Anne e Georges.
Com interpretações magníficas de seus personagens principais
que conseguem passar toda a humanidade e tristeza por traz de um roteiro muito
bem elaborado e dirigido por Michael Haneke com uma sensibilidade rara, “Amor”
é um filme que é preciso ser visto por todos.
A sensação que fica após assistir o filme é de que seu
estômago foi substituído por um grande buraco. Impossível não se emocionar com
a cena em que Georges tenta ajudar Anne a andar, (praticamente uma última
dança), ou então na cena em que Anne começa a usar uma cadeira de rodas
elétrica.
Amor é um sentimento que é difícil de explicar, mas a partir
de “Amor”, esse sentimento ficou mais fácil de se mostrar.
Nota 10
Marcio Alexander Luciano
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