Tá aí uma “classe” sofrida e que dificilmente é lembrada por
torcedores e comentaristas esportivos, os “Volantes” carregam o seu time nas
costas, eles podem fazer isso direito ou ajudar a desandar um jogo, mas sempre
estão lá, correndo pra todos os lados e fazendo o possível para ajudar a sua
defesa não levar gols.
Se o seu time não for o Barcelona, lembro que terá que
torcer para que esses dois jogadores (ou três, depende do técnico...cof
cof...Muricy..cof..Celso Roth..cof) de meio de campo corram como maratonistas, tenham a concentração de um
jogador de xadrez, a obediência tática de um jogador de futebol americano e que
se possível vá para área e acerte alguns chutes ao gol. O exemplo do Barcelona
não é por acaso, pois é um time cheio de volantes, mas que ao mesmo tempo,
nenhum é volante de verdade! O Barcelona atual é um caso único, é uma exceção,
e como é base da seleção da Espanha, a “Fúria” também é exceção!
Tomando o exemplo dos últimos campeões do Brasileirão,
Libertadores, Liga dos Campeões e Mundial de Clubes, vemos que os volantes
tiveram participações decisivas durante as respectivas campanhas. O Santos
campeão da Libertadores 2011, tinha Adriano, Elano (um pouco mais adiantado) e Arouca, esse
sim foi um dos diferenciais daquele título. Arouca marcava muito e saia para
jogo com muita facilidade e assim fazia com que sobrasse espaço para Elano e
Ganso armarem as jogadas para Neymar. Já na Libertadores e Mundial de Clubes do
ano passado, Paulinho e Ralf foram o diferencial do Corinthians. Ralf, um
volante mais pegador, mas com um grande fôlego e praticamente perfeito na
cobertura dos laterais e jogadas pelo alto, Paulinho, em minha opinião o melhor
médio-volante brasileiro da atualidade, é o jogador que todo técnico sonha em
ter no seu time, ele além de ser um bom marcador, tem um ótimo passe e um bom chute
de média distância, faz muitos gols de cabeça e também faz lançamentos longos,
Paulinho é o tal do “volante moderno”.
O Chelsea, que ganhou a última Liga dos Campeões, tinha um
esquema voltado para a marcação no meio de campo e seus volantes eram essenciais
para que esse esquema desse certo. Nas semifinais contra o todo poderoso
Barcelona, os “Blues” eliminaram o time Catalão exercendo essa forte marcação
no meio de campo e com saídas rápidas de seus “volantes” em contra-ataques, e
foi assim que nasceu o gol do volante brasileiro Ramirez que praticamente
liquidou as chances do Barcelona de irem para a final.
Esses “carregadores de piano” merecem ser vistos com outros
olhos, pois sem eles jogadores como Ganso, Ronaldinho Gaúcho, Diego Sousa,
Deco, Montillo, Alex, Jadson, Seedorf...etc....certamente teriam que correr um
pouco mais para encostarem na bola.
Marcio Alexander Luciano
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