terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Médios-Volantes, eles também são filhos de Deus!



Tá aí uma “classe” sofrida e que dificilmente é lembrada por torcedores e comentaristas esportivos, os “Volantes” carregam o seu time nas costas, eles podem fazer isso direito ou ajudar a desandar um jogo, mas sempre estão lá, correndo pra todos os lados e fazendo o possível para ajudar a sua defesa não levar gols.
Se o seu time não for o Barcelona, lembro que terá que torcer para que esses dois jogadores (ou três, depende do técnico...cof cof...Muricy..cof..Celso Roth..cof) de meio de campo corram como  maratonistas, tenham a concentração de um jogador de xadrez, a obediência tática de um jogador de futebol americano e que se possível vá para área e acerte alguns chutes ao gol. O exemplo do Barcelona não é por acaso, pois é um time cheio de volantes, mas que ao mesmo tempo, nenhum é volante de verdade! O Barcelona atual é um caso único, é uma exceção, e como é base da seleção da Espanha, a “Fúria” também é exceção!
Tomando o exemplo dos últimos campeões do Brasileirão, Libertadores, Liga dos Campeões e Mundial de Clubes, vemos que os volantes tiveram participações decisivas durante as respectivas campanhas. O Santos campeão da Libertadores 2011, tinha Adriano,  Elano (um pouco mais adiantado) e Arouca, esse sim foi um dos diferenciais daquele título. Arouca marcava muito e saia para jogo com muita facilidade e assim fazia com que sobrasse espaço para Elano e Ganso armarem as jogadas para Neymar. Já na Libertadores e Mundial de Clubes do ano passado, Paulinho e Ralf foram o diferencial do Corinthians. Ralf, um volante mais pegador, mas com um grande fôlego e praticamente perfeito na cobertura dos laterais e jogadas pelo alto, Paulinho, em minha opinião o melhor médio-volante brasileiro da atualidade, é o jogador que todo técnico sonha em ter no seu time, ele além de ser um bom marcador, tem um ótimo passe e um bom chute de média distância, faz muitos gols de cabeça e também faz lançamentos longos, Paulinho é o tal do “volante moderno”.
O Chelsea, que ganhou a última Liga dos Campeões, tinha um esquema voltado para a marcação no meio de campo e seus volantes eram essenciais para que esse esquema desse certo. Nas semifinais contra o todo poderoso Barcelona, os “Blues” eliminaram o time Catalão exercendo essa forte marcação no meio de campo e com saídas rápidas de seus “volantes” em contra-ataques, e foi assim que nasceu o gol do volante brasileiro Ramirez que praticamente liquidou as chances do Barcelona de irem para a final.
Esses “carregadores de piano” merecem ser vistos com outros olhos, pois sem eles jogadores como Ganso, Ronaldinho Gaúcho, Diego Sousa, Deco, Montillo, Alex, Jadson, Seedorf...etc....certamente teriam que correr um pouco mais para encostarem na bola.

Marcio Alexander Luciano

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